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Major Juvenal Alvim

“A vida é uma lâmpada acesa; vidro e fogo. Vidro, que com um assopro se faz; fogo, que com um assopro se apaga”.

(Padre Antônio Vieira)

Juvenal Alvim de Campos Bueno nasceu em Atibaia no ano de 1866, perpetuando-se na história do município como um dos maiores estadistas e grande empreendedor, sendo chamado e conhecido por todos como Major Alvim.

Era filho do Coronel José Alvim de Campos Bueno, o nhô Bim, (descendente e 6º neto direto do fundador do burgo Jerônimo de Camargo) e de Gertrudes Maria de Campos.

Casou-se em 19 de abril de 1890 com Gertrudes Pires da Silveira nascida em 1878 e falecida em 1939, chamada carinhosamente por todos de nhá Tudica. Após o casamento passou a ser conhecida por Gertrudes Pires de Camargo Alvim.

Era ela filha do Coronel João Pires de Camargo, nascido em 1828 e falecido em 1909, (este filho de Francisco Pires de Camargo e Maria Jacinta da Silveira) e Maria Joaquina Conceição, (esta nascida em 1841, filha única de Ana Luiza Cintra, (família Araújo-Cintra), e de Joaquim Alves do Amaral, o velho, e de Ana Franco da Silveira).

O Major e nhá Tudica tiveram nove filhos:

1-Benedita Alvim, casada com Otavio Passos.

2-Ernestina Alvim, casada com Horácio Netto.

3-Joviano Alvim, casado com Dinah Azevedo Alvim.

4-Maria Gertrudes Alvim, casada com Clóvis Soares.

5-José Pires Alvim, casado com Rita Lourdes Cardoso de Almeida Alvim.

6-Ana Alvim, casada com Paulo Leite de Freitas.

7-Lucila Alvim, faleceu solteira.

8-Veridiana Alvim, casada com Ataliba de Freitas.

9-Lazara Alvim, casada com Hermógenes de Souza.

Filhos Major Juvenal Alvim e “Nhá Tudica” 

Veja abaixo uma foto dos filhos do casal Major Juvenal Alvim e Gertrudes Pires Alvim (já mais velhos) 

Da esquerda para a direita : 

  1. Ernestina
  2. Joviano
  3. Lucila
  4. Mariquita
  5. Zézico
  6. Anita
  7. Veridiana
  8. Lazinha

Obs.: Havia mais uma filha do casal (Xuta) que não está presente na foto.

Em sua homenagem, um município do Estado de São Paulo recebeu o nome de Alvinlândia.

Alvinlândia

Assumiu, aos vinte e sete anos de idade a chefia do Partido Republicano de Atibaia, em agosto de 1913, após o falecimento de seu irmão José Francisco de Campos Bueno, o Zé Bim.

Foi um dos mais brilhantes estadistas a liderar a política atibaiana em todos os tempos.

Espírito empreendedor e dinâmico dotou o município de inúmeras benfeitorias, em todos os setores. Desde a implantação de saneamento básico, fundação de indústrias, de casas de espetáculos a exemplo de teatros e cinema, de escolas públicas, entre outros.

Liderou as construções da Usina Hidroelétrica (até hoje existente), e da antiga estrada de rodagem SP-8, ligando Atibaia à capital do Estado.

Pioneiro no desenvolvimento do turismo em Atibaia construiu, quando presidente da Câmara Municipal, o Hotel Municipal e determinou a instalação do Hotel São João, pela senhora Ramira Carpineli.

Em primeiro de abril de 1892, é nomeado para o Conselho de Intendentes. 

Em 1898 é eleito vereador e toma posse a sete de janeiro de 1899, dando inicio à imensa folha de serviços prestados à sua terra. Não houve melhoramento público que não tivesse a sua valiosa participação, desde o embelezamento da cidade até a remoção do cemitério São João Batista do então Largo do Rosário para onde se encontra hoje.  Foi o 16º presidente da Câmara Municipal, cargo esse que ocupou por três vezes.

Em 1903 logo após o falecimento de seu pai e atendendo ao seu último desejo, liderou o empreendimento e iniciou a construção do Grupo Escolar José Alvim, cuja inauguração ocorreu em 1905.

Em 1905, preocupado com o saneamento básico e em oferecer emprego aos atibaianos, cuidou de construir o primeiro reservatório de água da cidade, localizado em frente à praça Roberto Gomes Pedrosa, onde hoje está instalado o SAAE.

Iniciou, nessa ocasião, a organização de uma indústria têxtil, dando origem à Fábrica de Tecidos São João que empregava, nas quatro primeiras décadas do século passado, a grande maioria de atibaianos.

Essa indústria mantinha em 1945 cerca de novecentos operários, quando a população da cidade era de 4.500 habitantes.  

Em dezembro de 1913 deixa a Presidência da Câmara para não mais ocupar cargo eletivo. Continuou, entretanto, envidando esforços e dedicando-se ao desenvolvimento de sua terra natal, nas áreas culturais, filantrópicas e ao turismo.

Foi um dos muitos que se dedicaram à construção da Santa Casa de Misericórdia, do Abrigo de Menores Lar Dona Mariquinha do Amaral e do Asilo de São Vicente de Paulo, entidades que até hoje prestam relevantes serviços à comunidade atibaiana.

Construiu o Hotel Municipal para atender o incipiente turismo regional, inaugurado em 1926 e, diligenciando junto ao governo de Júlio Prestes, inaugura, em 1927, a rodovia SP-8, ligando Atibaia à Capital.

Inaugura em dez de janeiro de 1926 o Cine Theatro República, privilegiando os atibaianos com moderníssima casa de espetáculos teatrais e cinema.

Em meados dos anos vinte inicia a construção da Usina Hidroelétrica, no bairro da Usina, que atendeu à demanda de energia até o início dos anos sessenta.

Em 1930 fundou um ginásio público em Atibaia, cuja direção entregou ao professor Virgílio Nogueira Chaves. 

Em 1936 inicia o calçamento, em paralelepípedos, das principais ruas da cidade, iniciando-se pelo Largo da Matriz.

Em 9 de fevereiro de 1936 faleceu em Atibaia, terra que tanto amou e se dedicou. Deixou-nos o que há de mais precioso: os exemplos de uma vida virtuosa, marcada predominantemente pela sua visão de grande estadista e empreendedor inigualável.

Inauguração da estátua em sua homenagem
Praça da Matriz.

Um esboço biográfico

Logo na entrada da cidade de Atibaia, a avenida de acesso ao centro teve, a partir de 31 de agosto 1936, a denominação atual como homenagem ao grande atibaiano que soube ser Juvenal Alvim.

Casou-se com Gertrudes Pires Alvim (Nhá Tudica) com quem teve 9 filhos.

1892 

Fez parte do Conselho de Intendentes, ou Intendência, até ser eleito suplente de vereador, mas permaneceu afastado até 1898. 

1898 

É eleito vereador e toma posse a 7 de janeiro de 1899. A partir dessa data iniciou sua imensa folha de serviços à sua terra. Não houve melhoramentos públicos que não tivessem a participação do Major Alvim, desde o embelezamento da cidade até a remoção do cemitério São João batista do então Largo do Rosário para onde se encontra hoje. 

1900 

É eleito Intendente. Foi quando propôs que a Câmara Municipal chamasse um engenheiro especializado para fazer a planta da rede de esgoto da cidade. Tratou também do sargeamento da Praça Izabel, hoje José Pires e grande parte da Rua José Alvim. 

1901 

É eleito vereador e passa a presidência da Câmara. 

1903 

Iniciaram-se as obras do grupo escolar e foi, novamente, o Major Juvenal Alvim quem chefiou esse processo de construção. Essa escola foi inaugurada em 1905. 

1905 

Dedicou-se a construir um reservatório de água para abastecer a cidade e à organização de uma companhia que explorasse em Atibaia a industria de tecidos, da qual se originou a Fábrica de Tecidos São João.  

1907 

Dedicou-se ao serviço de luz e ao embelezamento das praças e ruas da cidade. 

1913 

Em dezembro deixa a Presidência da Câmara para não mais ocupar cargo eletivo mas continuou a trabalhar pelo progresso de Atibaia, como a construção da Santa Casa, do Hotel Municipal, do Teatro República, da estrada de rodagem Atibaia/São Paulo que, junto com o Governo Júlio Prestes, foi avante e é inaugurada em 1927. 

1930 

Fundou um ginásio cuja direção entregou ao professor Virgílio Nogueira Chaves. 

1936 

Promoveu o calçamento da cidade que se iniciou pelo trecho defronte a Igreja da Matriz. 

Em 9 de fevereiro de 1936 faleceu em Atibaia, terra a que tanto amou e se dedicou. Deixou-nos o que há de mais precioso: os exemplos de uma vida virtuosa, a lembrança de seus conselhos e a esperança de um dia encontrá-lo na feliz eternidade.

1948 

Em sua homenagem, um município do Estado de São Paulo recebeu o nome de Alvinlândia.