
Nasceu em São Paulo a 30 de agosto de 1838, filho de Luiz Maria da Paixão e de Mafalda Cândida de Tolledo.
Advogado de renome em São Paulo, Olímpio da Paixão foi contratado pelo Partido Liberal de Atibaia em 9 de setembro de 1872, pelo prazo de um ano, comprometendo-se a morar em Atibaia. Contudo, estabeleceu-se na cidade participando da vida política e comunitária até o final da sua vida.
Em São Paulo, além de exercer a advocacia, dedicava-se às causas republicanas e abolicionistas. Formado pela Academia do Largo São Francisco, hoje USP, trabalhava pela implantação da república. Era maçom, participou ao lado de Américo Brasiliense, Luiz Gama, Senador José Luiz Flaquer, Joaquim Nabuco, Rangel Pestana, Martinho Prado Jr., Rui Barbosa entre outros, da fundação da loja Maçônica América, em 09 de novembro de 1868.
Quando se estabeleceu em Atibaia, iniciou as primeiras reuniões republicanas e foi designado como representante dos atibaianos no Congresso Republicano, realizado em São Paulo, embrião da Convenção de Itu.
Como advogado, defendeu ardorosamente os membros e participantes do Partido Liberal, entrando em choque com Antonio Bento, do partido conservador.
Olímpio da Paixão foi uma pessoa de grande destaque na cidade.
Desenvolveu bons projetos quando exerceu o cargo de vereador, destacando-se a instalação do Mercado Municipal, prédio construído por Antonio Bento, e a implantação de feiras livres, projetos estes aprovados na sessão da câmara
de 19 de abril de 1886. Contudo, na sessão de câmara de 15 de abril de 1886, decepcionou-se com seus pares quando lei a favor dos escravos e não obteve votos. Também, em 1886, representou Atibaia, juntamente com José Ignácio da Silveira e Batista Ribeiro, nas celebrações de 30° dia da morte de José Bonifácio de Andrada e Silva, “O Moço”.
Foi o organizador, ao lado de seu amigo e colega, o advogado Aprígio de Toledo, das festividades e passeatas que se realizaram em Atibaia quando proclamada a república. Em janeiro de 1890 foi nomeado Conselheiro da Intendência. Quando a estrada de ferro passou por Atibaia, doou parte de sua propriedade para instalação dos trilhos da Bragantina. Foi importante na imprensa, fundando o primeiro jornal da cidade, O Itapetinga juntamente com o jurista Afonso de Carvalho. Através do jornal incentivou o desenvolvimento da lavoura e reivindicou a solução de problemas locais, iniciando uma campanha pela implantação do serviço de água em Atibaia, conseguindo a doação do manancial de Tomé da Silveira Franco.
Como ex-estudante de medicina, atendia, gratuitamente, as pessoas pobres para as quais doava os remédios.
Faleceu em 12 de maio de 1912, na capital do estado, em consequência de uma queda de um bonde em movimento.
Lei 0060/49, dispõe sobre denominação Rua Doutor Olímpio da Paixão, à Rua 16 de Julho, localizada no Centro.

Mapa e foto da Rua Dr. Olímpio da Paixão de Atibaia

Fonte: Dicionário Biográfico de Ruas de Atibaia
Foto tratada por inteligência artificial