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“Onde quer que o homem contribua com o seu trabalho, alí também deixa um pouco de seu coração”.
(Henryk Sienkiewicz)
Antonio Bonini foi o primogênito de Enrico Ferdinando Bonin e de Letizia Adele Rigolini, italianos da região do Vêneto. Nasceu aos 22 de dezembro de 1901, em Bragança Paulista, na Fazenda da “Sinhazinha Félix” (hoje, Fazenda do Trigo), onde seus pais trabalharam como colonos durante mais de 20 anos.
O sobrenome Bonin foi alterado para Bonini, quando da chegada de Enrico ao Brasil; com esse sobrenome foram registrados seus quatro filhos: Antonio, Maria, José João e Antonia Lucila.
Antonio começou a trabalhar aos sete anos de idade na modesta posição de aprendiz de pedreiro e conseguiu mudar o rumo de sua vida, graças à ajuda de dois grandes amigos e incentivadores, aos quais foi grato durante toda a sua vida: “seu” Benedito – um humilde empregado da fazenda – e Remo Alfonsi, construtor.
À luz de lampiões, “seu” Benedito ensinou-lhe leitura, escrita e cálculo. Com Remo Alfonsi aprendeu as técnicas da construção civil, a disciplina para o trabalho e o otimismo, atributos que marcaram sua vida como construtor civil e como empreendedor.
Bodas de Ouro de Enrico Ferdinando Bonin e Letizia Rigolini Bonin
Antonio Bonini fixou residência em Atibaia em 1923, onde trabalhou no ramo da construção civil até 1968: projetos, construção, comércio e indústria. Projetou e construiu aproximadamente 700 obras, dentre as quais se destacam: Maternidade da Santa Casa de Misericórdia, Fórum, Edifício Amélia e o antigo Ginásio Atibaiense, do qual foi também um dos fundadores (hoje EEPSG Major Juvenal Alvim).
Foi eleito vereador para o período 1952-1956 e participou ativamente da vida política do município. A Rua Antonio Bonini – localizada em uma região onde se encontram muitas de suas obras – representa justa homenagem a esse atibaiano de coração que aqui lutou para realizar seus sonhos, ajudando a engrandecer esta terra.
Casou-se com Amélia Corradini Bonini, com quem teve quatro filhos: Haroldo, Aryoswaldo, Maria Aparecida (falecida aos 11 meses) e Maria Aparecida (nascida um ano após a morte da primeira).
Amélia era filha de outros troncos de imigrantes italianos estabelecidos na região: Contesini e Corradini. Foi a companheira dedicada, ao lado de quem Antonio viveu durante 47 anos e construiu uma vida dedicada aos filhos e netos.
Da esq. p/direita: Haroldo, Antonio Bonini, Maria Aparecida, D. Amélia e Aryoswaldo.
Antonio Bonini faleceu em 23/03/1974 e Amélia, em 21/03/1984. Sua lembrança permanece na memória de seus descendentes como exemplo de uma vida pautada pela simplicidade e pelo amor à família, motivos de orgulho, de gratidão, e de eterna saudade.
Como paraninfo da turma de 1961 do Colégio Sagrado Coração de Jesus de Bragança Paulista, Juscelino Kubitschek de Oliveira entrega o anel de professora à Maria Aparecida, diante de seu pai Antonio Bonini e da coordenadora do 3º Ano Normal, madre Anélita Vicente.
– 15/12/1961 –