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Bartolomeu Peranovich

(*1860 +1933)

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Filho de Phelippe Jacob Peranovich e Lúcia Peranovich. Nasceu em 26 de setembro de 1860, na cidade de Kartz, então Áustria, depois Iugoslávia, fronteira com a Itália. Serviu na marinha do seu país e viajou por todo o globo, gabando-se de ter chegado às famosas terras do Imperador Francisco José, no Pólo Norte.

 

Em 1888, casou-se com a italiana Catarina Rümich, filha de Gaspar e Michilin Rümich e mudaram-se para Argentina.

Dois anos depois, o casal veio para o Brasil, fixando-se em Atibaia, adotando-a como sua segunda pátria. Aqui nasceram seus cinco filhos: Sebastião, Acácio, Jacob, Ester e Benedito. Com intensa atividade, dedicou-se à construção civil, mantendo por 43 anos comércio de materiais, empreiteira de obras e uma olaria, cujos tijolos que produzia eram identificados com a marca ВР.

Nos arquivos da Prefeitura foi possível identificar pelo menos 85 obras de sua responsabilidade, muitas tombadas como Patrimônio Histórico. Das muitas reformas que efetuou, destaca-se a fachada do Banco Itaú, a da Igreja São João Batista, antes só de taipa, que foi totalmente remodelada, desde os pisos aos arcos da abóbada. Essa reforma durou cerca de dois anos, e rendeu-lhe a Medalha do Mérito e o Diploma de Engenheiro-Arquiteto, conferidos pela escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro.

“Bartolomeu Perano”, como todos o conheciam, confiava no desenvolvimento da cidade. Foi um inovador para época, construindo casas alto padrão. Inúmeros prédios da Avenida São João, inclusive sua de residência, que era uma das mais belas da cidade, foram por ele construídos. Não só nessas vias públicas ficou o traço indelével desse benemérito cidadão, mas por todos os recantos de Atibaia, principalmente na parte antiga há um vestígio de Bartolomeu Peranovich.

Falecido em 1933, teve seu nome eternizado em uma rua localizada atrás da Santa Casa de Misericórdia, cuja construção foi por ele realizada. Foi a primeira denominação dada àquela via pública e o foi pelo ato nº 80, de 27 de novembro de 1935. Justa homenagem que a cidade prestou a um cidadão que, estrangeiro vindo residir nesta cidade, e integrando-se no nosso meio, era um atibaiano de coração e dedicou sua vida ao progresso local.

 

Fonte: Dicionário Biográfico de Ruas de Atibaia

Foto tratada por inteligência artificial