Nhô Chico
” Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens”
(Içami Tiba)
Descendente de tradicionais famílias paulistanas : os PIRES de origem portuguesa e os CAMARGO de origem espanhola. Essas famílias travaram no século XVII uma violenta e acirrada disputa política na então Província de São Paulo.
Após intervenção de Fernão Dias Paes, houve a união das duas famílias originando o nome Pires de Camargo.
Francisco Pires de Camargo nasceu em Atibaia, em 17 de março de 1867.
Era filho do Cel. João Pires de Camargo (fazendeiro, nascido em 1828 e falecido em 1909), e de Maria Joaquina da Conceição (filha de Joaquim Alves do Amaral e Ana Luiza Cintra).
Francisco teve oito irmãos:
Francisco, mais conhecido como Nhô Chico ou Chico Pires, foi um homem de hábitos refinados para a época. Por diversas vezes viajou à Europa e por outras partes do mundo inclusive ao Egito, coisa rara naquele tempo devido às dificuldades de distância e transporte.
Juca Peçanha e Nhô Chico
Presenciou a passagem do século em Paris, onde residiu por dois anos.
Foi proprietário do primeiro automóvel particular de Atibaia, o que lhe dava bastante orgulho.
Doou o terreno para a construção da Usina de Luz e Força em Atibaia, mais tarde construída pelo Major Juvenal Alvim, fato que até hoje desobriga seus descendentes de pagarem pela eletricidade em uma das fazendas que ele deixou (Fazendola).
Junto com seus irmãos Ana Pires, Joaquim, Florêncio, Gertrudes e o Major Juvenal Alvim, fundou a Santa Casa de Misericórdia e o tradicional Clube Recreativo Atibaiano.
Casou-se com Albertina Miele Pires, com quem teve cinco filhos:
Em baixo, da esquerda para a direita:
Nálcia, Nhô Chico, Albertina, e Lina.
Em cima:
Olavo, Flávio, Célia, Coracy, Lourdes, Monteleone e João Baptista.
Nhô Chico faleceu em outubro de 1962, aos 95 anos, em Atibaia, terra que tanto amou e onde foi sepultado.