
José da Silveira Campos, conhecido como “José Lucas”, por ser filho de Lucas de Siqueira Franco, último capitão mor de Atibaia. Sua mãe era Ana Gabriela de Campos. Nasceu em Atibaia em 1807 e foi batizado na Matriz em 1808, tendo se casado em 1834, com sua sobrinha Delfina Bueno de Andrade.
Foi uma das mais brilhantes figuras políticas do período imperial. Chefe do Partido Liberal, vereador em diversas legislaturas e membro do Conselho Municipal.
Era um entusiasta das festas religiosas e folclóricas, promovendo cavalhadas e dando apoio às congadas.
Por sua iniciativa foi construído o Largo Alegre, hoje Praça Bento Paes; o prédio Casa de Câmara e Cadeia, onde hoje está o Museu Municipal. Este prédio, conforme consta de antigos documentos, Anais de 1886 e Almanaque Luné de 1872, colocava-se entre os melhores da província.
Outro importante trabalho que realizou foi a reconstrução matriz de São João Batista. da igreja Em 1858 a matriz encontrava-se em completa ruína. Vencendo todas as dificuldades da época, encarregou-se de reedificá-la. Para tanto, criou um imposto, aprovado pela maioria da Câmara, de 320 réis, por habitante, arrecadando a quantia de 12 contos de réis para a obra. Em três anos fortificou as paredes laterais e reformou o telhado. Também construiu a torre, transportando-as telhas e tijolos, de mão em mão, através de uma fila de escravos, desde o Ribeirão do Moinho, onde hoje é a Avenida Carvalho Pinto, até a igreja.
Era dinâmico, negociador de tropas, viajava desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Possuía uma grande fazenda no bairro do Caioçara e diversas casas, entre elas, a casa grande da Rua Direita.
Faleceu em Baependi (MG) a 11 de setembro de 1870.
A câmara municipal em sessão de 1º de agosto de 1884, denominou Rua José Lucas à antiga Rua Direita, principal rua da época.
Chamava-se rua Direita e era a principal rua da cidade, que abrigava as melhores residências e por onde os escravos eram proibidos de circular.
Nessa rua foi instalado o pelourinho, quando Atibaia foi elevada à Vila.
Em 1° de agosto de 1884, a Câmara Municipal denominou a rua Direita de Rua José Lucas, por indicação do vereador Olímpio da Paixão.
Pelo Ato nº 1, de 4 de novembro de 1930, a Rua José Lucas passou a denominar-se rua João Pessoa, mas a lei municipal nº 267, de 21 de agosto de 1936, vetou a substituição do nome, permanecendo o de José Lucas.
Fonte: Livro Dicionário Biográfico de Ruas de Atibaia