
Natural de Nazaré Paulista, nasceu a 03 de fevereiro de 1887, filho de Antonio Rodrigues dos Santos e de Maria Tereza dos Santos. O professor Francisco Rodrigues dos Santos foi ordenado sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana em 1910, pelo bispo da Diocese de São Paulo, Dom José de Camargo Barros.
Conhecido como “Padre Chico“, celebrou sua 1ª missa na capela do antigo Seminário da Avenida Tiradentes, atualmente Igreja de São Cristóvão.
Doutorando-se em filosofia, desempenhou as funções de professor e ecônomo do aludido Seminário, sendo em 1916, nomeado Vigário da Paróquia de Atibaia, onde permaneceu até 1934,e depois elevado à posição de cônego.
Transferido para Bragança Paulista, dirigiu o Colégio Diocesano São Luiz, onde foi homenageado pelos alunos na ocasião do seu afastamento, conforme consta nos Anais do Colégio Arquidiocesano, publicado em 1912.
A passagem do Padre Chico por Atibaia foi marcada pela sua inteligência, carisma e dinamismo. Além das atividades religiosas, desenvolveu projetos que beneficiaram a cidade, tanto na área filantrópica quanto no desenvolvimento da cidade.
Construiu a casa paroquial e reformou em 1916 a igreja do Rosário.
Fundou a Irmandade Civil Pró-Vila de São Vicente de Paulo, que abriga a velhice desamparada.
Foi responsável pela transferência do Santo Cruzeiro da praça Miguel Vairo para a Praça dos Três Poderes, entre outros feitos. Intelectual, beletrista, jornalista, mestre e orador, incentivou a cultura organizando em 1917 o Gabinete de Leitura (a primeira biblioteca pública de Atibaia) e o Grêmio Dramático Olavo Bilac.
Brilhante orador, polêmico e corajoso na defesa dos oprimidos e na denúncia das injustiças, manteve a mesma linha nos seus textos publicados em São Paulo, Atibaia e Avaré. Deixou discursos, poemas e obras musicais, entre elas o Hino a São João Batista, que compôs em parceria com o maestro Pedro Vasconcellos.
Ao lado de Aprígio de Toledo e José de Aguiar Peçanha montou uma comissão para atendimento emergencial dos doentes durante a epidemia de gripe espanhola em 1918. Prestou solidariedade aos refugiados da revolução Paulistana de 1924 e esteve à frente da campanha de arrecadação de valores para a revolução paulista de 1932.
Depois de deixar o ministério sacerdotal, através de um manifesto publicado na imprensa, ingressou no Culto Católico Livre da Ordem de Santo André aonde permaneceu apenas alguns meses por conflito de ideias. Casou-se com Isaura Mariano Cardoso dos Santos e criaram dois filhos: Mirian Nazaré e um filho adotivo Hélio. Mudou-se para Avaré onde faleceu em 11 de setembro de 1960.
Nunca deixou de visitar Nazaré e Atibaia, onde contava com vasto círculo de amigos e admiradores.
Alguns dias antes de morrer reconciliou-se com a Igreja Católica e foi sepultado com as honras clericais.
Lei n° 0568/61, dispõe sobre denominação Rua Padre Francisco Rodrigues dos Santos, à Rua São Paulo, localizada no Centro.
Fonte: Dicionário Biográfico de Ruas de Atibaia
Foto tratada por inteligência artificial
