Patrono da tradicional escola da cidade Grupo Escolar José Alvim (Localizado na praça Guilherme Gonçalves). Uma das principais rua do centro de Atibaia possui seu nome.
Em 1905, em Atibaia, as crianças e jovens da elite não necessitavam de escola pública, pois existiam boas escolas particulares. Todavia o Capitão José Alvim de Campos Bueno, o Nhô Bim, como era conhecido, homem de personalidade forte, político defensor de sua terra e de sua gente, sonhava com uma escola gratuita para todos e iniciou os primeiros contactos na busca do seu ideal. Infelizmente, em 1902, a morte o privou de ver seu intento realizado, mas quando os sonhos são valorosos e a família é unida por laços íntegros, nem a morte consegue apagá-los. Assim aconteceu, o Major Juvenal Alvim, então Presidente da Câmara de Atibaia, filho do Capitão José Alvim, toma as rédeas da situação, abraça com toda alma o projeto do seu pai, doa o terreno e parte em busca dos recursos financeiros para a construção do prédio. Solicita à Câmara Municipal a designação de uma comissão para pleitear recursos junto ao Congresso Estadual.
O orçamento da obra previa a necessidade de 34.000$000 (trinta e quatro contos de réis). A comissão responsável conseguiu um empréstimo no valor de 20.000$000 (vinte contos de réis), valor insuficiente. Foi o motivo que levou a Câmara Municipal aprovar a “Lei dos Fogões” que estabelecia, que cada família pagasse um imposto obrigatório para custear as despesas com a construção do Grupo Escolar. “Fogos” ou “Fogões” eram expressões que significavam, na época, casas habitadas ou famílias. Foi um ato de coragem da edilidade, que gerou muita polêmica, apesar da grandiosidade do objetivo.
Em 26 de abril de 1903, foi solenemente apresentado no salão nobre da Câmara Municipal, o retrato do capitão José Alvim de Campos Bueno. O quadro, trabalho primoroso do pintor alemão Karl Ernest Papf, foi feito por solicitação da própria Câmara para homenagear aquele que inteiramente se dedicou à causa desta terra. E assim foi feito; o retrato do capitão José Alvim ficou durante décadas na sala das sessões da nossa Câmara Municipal, até a mudança de prédio na década de 1950. Desde então a pintura está sob os cuidados do Museu Municipal, em exposição até os dias de hoje.
Fonte: Atibaia Viva